Ahmed, que substituiu um cristão como capelão gerente em 2015, aparentemente afirmou que o estudo cristão que Song ensina é "muito radical" e que suas crenças cristãs eram muito "extremas", embora o artigo não esclarecesse quais pontos de vista em particular seriam tão questionáveis.
Song, que é ex-policial da Coréia do Sul, revelou que ele foi forçado deixar seu cargo em agosto de 2017, e mais tarde foi notificado que enfrentava "acusações de má conduta" contra um preso que acusou o capelão de se referir a ele como um "terrorista", embora Song tenha negado a acusação.
"Durante 19 anos, eu servi com um histórico exemplar", disse Song. "Trabalhei em harmonia com os detentos e outros membros da equipe, reconhecendo nossas diferenças e orando para que eles chegassem à fé, respeitando igualmente suas decisões e antecedentes".
O Centro Legal Cristão observou que Song ajudou a reabilitar os presos por quase duas décadas.
"Chamar esse cristão que serviu sem nenhuma má conduta por quase 20 anos, de 'extremista' desafia a crença de qualquer pessoa", disse o diretor executivo da CLC, Andrea Williams.
Williams disse ainda ao jornal Premier: "Encontramos em sites de organizações, como a 'Christian Concern', muitos ex-prisioneiros que foram impactados - e que suas vidas se transformaram - como resultado do trabalho, ministério e testemunho de pastor Song. Essa queixa nunca foi fundamentada".
"O nome do prisioneiro ao qual o imã se referiu como 'testemunho do extremismo' de Song em sua denúncia nunca foi revelado", acrescentou.
O Serviço de Prisão e Probação de Sua Majestade respondeu à notícia, afirmando que não pode comentar sobre membros individuais da equipe.
"No entanto, reconhecemos a importância da fé e o impacto positivo que pode ter sobre a vida dos infratores, e é por isso que há equipes de capelania de diversas religiões em cada prisão", explicou o departamento, de acordo com The Sunday Times.
Os capelães prisionais cristãos do Reino Unido foram forçados a sair de suas posições devido a denúncias contra suas pregações em várias ocasiões, nos últimos anos.
O reverendo Barry Trayhorn, um ministro pentecostal ordenado, disse que ele foi forçado a demitir-se em 2015 após um processo disciplinar "injusto e agressivo" que o acusou de citar versículos bíblicos que as autoridades consideravam "homofóbicas".
Trayhorn disse na época que ele estava apenas citando ensinamentos tradicionais, como 1 Corinthians 6, mas foi repreendido por violar as leis de igualdade.
"Eu fiquei muito decepcionado. Tudo o que estava fazendo era pregar a Bíblia e repetir a mesma mensagem de arrependimento que foi ouvida em muitos cultos", disse o ministro na época.
http://www.cpadnews.com.br/universo-cristao/43104/capelao-e-impedido-de-evangelizar-em-presidio-apos-muculmano-denuncia-lo-por-extremismo.html
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